Artigo por Juliana Reis, mãe do Arthur, Educadora Parental com Ênfase em Apego Seguro e autora do livro: As Aventuras de Tutubarão, Um Mergulho no Mar das Emoções
Primeiro, vamos começar entendendo o que é resiliência.
A gente pode definir como, a capacidade de nos adaptarmos às mudanças, e também sobre como lidamos com o nosso desconforto diante dos desafios.
Essa habilidade é construída ainda na nossa infância, na forma como nos relacionamos com os nossos pais e sobre como fomos amparados emocionalmente por eles.
Sim amparo! Diferente do que a maioria das pessoas acreditam, não é promovendo desafios, ou deixando as crianças sozinhas em situações difíceis que vai torná-las resilientes.
Muito pelo contrário, o ser humano é um ser social, que nasce dependente, com o cérebro ainda em formação é não é capaz de se autorregular, por isso, para que uma criança desenvolva essa habilidade, ela precisa primeiro viver essa experiência na relação com o seu adulto cuidador.
Para isso, é importante ela ter com quem contar nos momentos mais difíceis, alguém que possa oferecer uma sensação de segurança para ela.
Na prática, se uma criança chora e é amparada, ou se ela sente medo e logo alguém lhe transmite segurança, ou quando ela se frustra, recebe acolhimento.
Esse movimento faz com que ela adquira uma confiança de que nenhum desconforto é permanente, e aos poucos ela vai adquirindo os próprios recursos para lidar com os desafios que vão surgir.
Isso gera uma segurança que a permite explorar o mundo, e melhor será a relação de confiança que ela terá com a vida.
Construindo essa habilidade na primeira infância, você está fornecendo para a criança não somente recursos para que ela tenha um desenvolvimento mais saudável, como também construindo uma base sólida para que ela possa enfrentar os desafios na vida adulta.
Ju Reis, mãe do Arthur, Educadora Parental com Ênfase em Apego Seguro e Autora do livro: As Aventuras de Tutubarão, Um Mergulho no Mar das Emoções.
Comments