Foto tirada por @pauloliebert_ na Casa B2Mamy.
"Querido diário minha rotina mudou drasticamente nos últimos tempo. Agora faz parte do meu dia a dia dar banho na minha filha, preparar sua comida, assistir com ela seu filme predileto. Acompanho suas consultas na pediatra e verifico se as vacinas estão em dia. Ela passou mal na semana passada e sai no meio de uma reunião para levá-la ao médico. É lindo vê-la nas apresentações da escola. E o momento que mais gosto no dia é quando chega a hora de contar sua história favorita para dormir e ela me conta como foi seu dia.”
Este relato, pode não parecer, mas é de um pai e nos revela como as pequenas atitudes de cuidado e conexão estão presentes no dia a dia com os filhos. Uma rotina desafiadora e cansativa que nos provoca a ser cada dia melhores.
O contexto da paternidade evoluiu, o papel do pai como provedor dos recursos financeiros para a família e a mãe como cuidadora dos filhos e do lar, já não faz mais sentido. Hoje o papel do pai é compartilhar as responsabilidades do cuidado com os filhos e a rotina doméstica. Reconhecemos que esta realidade ainda não faz parte de muitas famílias, o que torna a paternidade ativa um canal de desenvolvimento para igualdade de gêneros.
Este olhar mais amoroso e presente da paternidade requer protagonismo dos pais, pois muitas vezes, não tiveram uma referência paterna inspiradora e precisam seguir os seus instintos mais íntimos para abraçar com coragem, amor e responsabilidade o cuidado dos filhos.
Em uma pesquisa recente realizada pela Helping Dads Care em sete países, 85% dos pais entrevistados (e 82% dos pais brasileiros) disseram “concordar” ou “concordar fortemente” com a afirmação
“Eu farei tudo o que for necessário para estar muito envolvido com o cuidado do meu/minha filho/a recém nascido/a ou adotado/a nas primeiras semanas e/ou meses”.
Esses números são motivadores embora ainda exista um longo caminho entre o discurso e a prática consciente, uma escolha que desafia comportamentos marcantes na nossa cultura.
O impacto positivo do maior envolvimento dos homens - sejam eles pais biológicos ou não - vem sendo comprovado, especialmente, para a saúde materno-infantil, para o desenvolvimento cognitivo das crianças, para o empoderamento das mulheres e para a saúde e o bem-estar dos próprios homens. Uma verdadeira relação ganha-ganha.
Para fomentar essa cultura de uma paternidade ativa e saudável é fundamental colocarmos em pauta temas como a masculinidade e o autoconhecimento. É preciso que os homens criem espaços para refletir e romper com estigmas do masculino que os aprisionam e violentam a sua própria natureza.
A partir deste lugar de autoconhecimento, os pais são capazes de acolher de forma genuína os seus filhos e nutrir uma relação afetuosa e de confiança. São as pequenas atitudes no dia a dia: brincar, contar histórias, preparar uma refeição, cantar uma cantiga para dormir, que fortalecem as relações e criam os vínculos que importam.
Neste dia dos pais, tire um tempo para você refletir: Qual o tempo de qualidade estou tendo com os meus filhos? Quais memórias afetivas estamos criando? Permita-se acolher tudo de bom que acontece na sua família e acolha também tudo o que pode ser melhorado! A paternidade é um exercício diário de aprender, reaprender e amar incondicionalmente.
Feliz dia dos pais!
E confira o sorteio especial que preparamos para esta data clicando aqui!
Natalia Amoedo – Alumni Pulse, mãe do João e do Mateus e testemunha de como a paternidade ativa é conforto e segurança para toda família. Founder da @pipah_oficial que tem o propósito de conectar o autoconhecimento e a cultura do nosso tempo ao trabalho, gerando impacto positivo nas pessoas, empresas e no mundo.
Comments