Antes de tudo, admito: sou novo nesse mundo de empreendedorismo. Mais do que isso, sempre olhei para essa onda do "empreendedor disruptivo" com uma carga de desconfiança, mas isso mudou nos últimos meses. Mergulhei nessa piscina com tudo e tive contato com pessoas dispostas a largar toda a segurança atrás de um propósito, um sonho ou (o menos glamoroso) enriquecer.
Nesta jornada vi aceleradora gigante, startup promissora, nuvem de fumaça, mas desde sempre o que mais me chamou atenção foi: não importa o cenário (grande ou pequeno), o sentimento de ajuda ao próximo é muito forte. Cada empreendedor abre sua alma para o outro, expõe dificuldades e conta com a ajuda do próximo. Sem competitividade suja, sem tanques de tubarões.
Aí eu me abri para mergulhar no oceano B2Mamy. E sabe aquele sentimento de parceria? Na aceleradora de mães está tudo multiplicado por 10, com porções gigantescas de empatia e compaixão. Tive a oportunidade de acompanhar algumas mães empreendedoras em dois estágios: Start (o primeiro passo) e Pulse (o programa de aceleração em si).
As profissionais envolvidas no B2Mamy transbordam todo esse carinho que comentei, mas são cirúrgicas quando analisam cada ideia do Start ou quando preparam essas mães para o ecossistema empreendedor durante o Pulse. Acompanhar um B2Mamy Start é ideal até para os (as) iniciantes e abre a mente para todo esse método startup.
Mas me desculpe, a diferença está no propósito! É emocionante ouvir a Dani Junco abrir o dia no Start. Pode preparar o lenço... É impossível não ser tocado com alguma das histórias e ideias que você encontra. Qualquer um com bom senso sabe que o cenário para as mulheres no mercado de trabalho (e em todas as outras áreas) é, na maioria das vezes, cruel. Pesquisa então os números com as mães... Cruel é elogio, 40% das mães não retornam ao mercado de trabalho. Ver um lugar em que elas são encorajadas a falar, a criar, serem criticadas, mudarem de opinião É mágico!
E sim, fica tudo misturado. Pessoal, profissional... E tá tudo bem! Não existe nenhuma regra escrita na pedra que para se empreender é preciso vender a alma, eu juro! Pensava assim, e posso dizer: não é. E foi com o B2Mamy que consegui ter a certeza disso.
É confortável da minha posição (homem, branco, hétero) diminuir as dores de alguém, mas o mergulho nesse oceano me fez sentir de tudo. A tristeza pelo cenário inicial, a empolgação ao desenvolver uma ideia e o respiro aliviado de que tem gente olhando com carinho e profissionalismo para aqueles 40% e até para as outras mães que queiram empreender.
Esse texto foi um presente do
Diego Locci
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