Texto desenvolvido por: Ivonete Guarino, founder da Vô Contigo.
Pensar o mercado de consumo e de serviços sem considerar a parcela da população com mais de 50 anos de idade é um erro estratégico até porque estamos vivendo mais e queremos viver melhor - Saiba mais
Segundo definição do Oxford Economist, economia prateada é a soma de todas as atividades econômicas associadas às necessidades das pessoas com mais de 50 anos e os produtos e serviços que elas consomem diretamente ou virão a consumir no futuro. Estima-se que a Economia Prateada movimente US$ 7,1 tri anuais, o que faz dela a terceira maior atividade econômico do mundo.
No Brasil, os maduros (como preferem ser chamados) movimentam R$ 1,6 tri/ano, o que corresponde a 20% do PIB Nacional. E apesar da pandemia e seus efeitos nefastos, segundo a Harvard Business Review, em 2020 a Economia Prateada deve movimentar US$ 15 tri no mundo. No Brasil, o montante será de R$ 1,8 tri de reais. É interessante notar que apesar desta população movimentar tanto dinheiro, ainda há poucos produtos e /ou serviços pensados e desenhados para este público. De acordo com a Goldman Sachs, quando comparado com os mais jovens, o consumo dos maduros cresceu três vezes mais rápido na última década.
Enquanto isso, 63% dos negócios têm como target os millennials. Em um recente estudo chamado Tsunami 60+ (o maior mapeamento brasileiro sobre longevidade), somos orientados a esquecer tudo que achamos que sabemos sobre as pessoas com mais de 60 anos. Aquela “imagem da bengala, do cabelo preso ao coque, da pessoa reclusa em casa esperando a hora da morte já não faz mais sentido. O mundo envelheceu. E o Brasil também” para acesso ao estudo completo acesse aqui.
Segundo a ONU, em 2017, o mundo tinha 962 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Em 2050, esse número passará para 2,1 bilhões – o equivalente a 25% da população mundial. No Brasil, hoje temos 30,3 milhões de idosos e seremos 68,1 milhões em 2050 (a 6ª (sexta) população mais velha do mundo. Este envelhecimento da população mundial representa uma grande oportunidade para os empreendedores de plantão. Por se tratar de um mercado gigante e praticamente intocado, ainda há muito o que inovar. No site do Tsunami 60+, você encontrará uma lista elaborada pela Aging 2.0 ( Instituição internacional sem fins lucrativos, presente em 25 países).
Abaixo, segue 5 dicas para quem deseja empreender para os maduros:
1 - Não os trate como homogêneos. Cada pessoa é resultado de suas experiências e esta heterogeneidade precisa ser respeitada. Por isso, segmente perfis para melhor atendê-los.
2 – Pense em um design amigável para os maduros. Letras grandes, cores fortes e alto contraste facilitam a leitura. Simplifique processos. Menos é mais. E lembre-se que um design melhor para os maduros, é um design melhor para todo mundo.
3 – Seja empático e procure entender seu cliente. Ouça mais e fale menos. Uma técnica maravilhosa que pode te ajudar nisso é o Design Thinking.
4 – Use fotos de pessoas reais, colocando este público como protagonista.
5 – Livre-se de preconceitos. Abra-se para o novo. Os estereótipos não te levarão a lugar algum.
"Posso dizer por experiência própria que lidar com este público é enriquecedor e te fará olhar a vida sob uma nova perspectiva. Entender o processo de envelhecimento é nos permitir envelhecer melhor. Por isso, acredito que pensar soluções para os 60+ e tratá-los com respeito, é cuidar do nosso próprio futuro. " - Ivonete Guarino
Que mundo quer para si quando você for o maduro da vez? O que está fazendo hoje para tornar o mundo mais inclusivo para aqueles que tanto fez por você?
Founder Vô Contigo
Uma mulher negra abusada o suficiente para ocupar lugares que a sociedade acha que não são seus. Filha de idosos, mãe do Eduardo Miguel, formada em Ciências Contábeis, com vasta experiência em Atendimento ao Cliente. Apaixonada por excelência e uma entusiasta de inovação e Economia Prateada.
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